26/11/2006

RE miniscências 1

A chama derrete a vela

a cera queima os dedos

os nervos, até…

a dor não doer mais!

De novo a cera envolve um corpo inerte

o coração pára de bater

o pensamento dissipa-se

e nada fica, até…

a morte não matar mais!

O sublime declina

purifica a alma

que nada é.

O exorcismo mítico

do peso vagueia

pelos séculos

e faz ruir

e regressar às origens

Mais nada é, é pó

que se desprende

percorre o universo

brilha nas estrelas

cintilantes e artificiosas

que sobrevivem ao Tempo

e arrebatam as novas gerações.

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