26/04/2007

Surpresa!

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Após ter recebido por e-mail o episódio cómico que transcrevo em baixo, decidi efectuar uma pequena pesquisa no google sobre a personalidade em questão:
«Rui Barbosa foi, sem dúvida, um dos mais importantes personagens da História do Brasil. Rui era dotado não apenas de inteligência privilegiada, mas também de grande capacidade de trabalho. Essas duas características permi­tiram-lhe deixar marcas profundas em várias áreas de actividade profissional nos campos do direito - seja como advogado, seja como jurista - do jornalismo, da diplomacia e da política. (...)» VivaBrazil
EU LEVO OU DEIXO?
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada. E o ladrão, confuso, diz:
- Dotô, eu levo ou deixo os pato?"
A comunicação é indispensável no nosso quotidiano e processa-se em circunstâncias variadas. Existem inúmeros factores que condicionam a efectiva transmissão da mensagem e que dão azo a equívocos, por vezes, até irresolúveis.
Não responder ou não reagir de acordo com as expectativas do outro pode, no entanto, ser uma solução para situações incomódas. (?)
Obrigada pelo mail Eric

4 comentários:

jg disse...

Há uns anos, achava um piadão a um cubano que relatava, com frequência, uma lengalenga de que me lembro, a propósito da que a Irene transcreve.
Era acerca de um pai erudito, com o pé a fugir para a chinela, que dava ao filho um recado que dizia sensivelmente isto:

João José Aniceto, meu filho
Vá a casa de meu compadre
Pancho Perez Torres de Emiliano
E peça-lhe
Que me faça o caritativo favor
De me emprestar a sua vulcânica e escandalosa
Para dar um tiro de volanteria
A um pássaro "picotero"
Que se introduziu no meu quintal
Comendo-me os "pio-pio"
Filhos do "róclócó"
Quando o dia fica tíbio
E o sol metido no seu "Xó"

Se ele não perceber, então diga-lhe que me mande a espingarda, para eu abater um filho da puta dum gavião que me anda a comer os pintainhos assim que o sol se põe!!

A tradução puxa para o selvagem por força de não haver termos equivalentes de meu conhecimento.

Irene Ermida disse...

a jg
eis a prova de que a tradução pode ser democrática!
gostei!

Daniel Aladiah disse...

Se fosse hoje, levava uma bazucada e o caso ficava encerrado :)
Um beijo
Daniel

Irene Ermida disse...

a daniel
o proprietário, evidentemente...